sexta-feira, 29 de junho de 2007

O brilho dos maravilhosos

Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo que só vivia para brilhar.



Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.

Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada.

No terceiro dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:

- Posso fazer três perguntas?

- Podes. Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que te vou comer, podes perguntar.

- Faço parte dos animais que costumas comer?

- Não.

- Fiz-te alguma coisa de mal?

- Não.

- Então porque é que me queres comer?

- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!



[Comentários sobre a história]

- Não é bonito alguém prejudicar a vida de outra pessoa, nem tão pouco por ter inveja. Certamente se uma pessoa tem sucesso é porque trabalhou para o conquistar. Nos casos em que isso não acontece esse sucesso é temporário e aparente, ou seja não é um sucesso verdadeiro e as próprias pessoas sabem disso.

- Na vida existem pessoas que não conseguem atingir um determinado objectivo e tem inveja das que conseguem, dificultando-lhes as vida como se as pessoas tivessem culpa dos seus insucessos.
Devemos procurar interiormente o que nos traz felicidade para a podermos alcançar, atingindo o nosso próprio sucesso.

- O Mundo precisa de cada vez mais de pessoas maravilhosas, pois são estas que inspiram e dão esperança ás outras.
Existirão sempre "cobras", pelo que as pessoas maravilhosas devem nunca desistir quando cruzarem com estas e devem arranjar uma maneira de continuar a sua vida mantendo o seu brilho que as torna especiais.







domingo, 10 de junho de 2007

Uma demonstração convincente


Um bom aprendiz de artes marciais foi a casa de um grande Mestre com a ideia de o desafiar para um combate, pois queria verificar se a sua grande reputação era verdadeira.

Quando recebeu o jovem, o Mestre tentou explicar-lhe que não fazia sentido lutarem só para demonstrar a sua reputação, uma luta é algo de muito sério.

O aprendiz quis manter a sua ideia e começou a pressionar o Mestre para lutar, chegando a insultá-lo.

O Mestre não perdeu a calma, levou-o até ao seu quintal e apontou para uma árvore.

O jovem ficou nervoso, desconfiado de que a atitude do Mestre fosse uma ratoeira disse:

- Já vi e agora?

Na verdade, num dos ramos da árvore estavam dois pássaros. Sem deixar de olhar para eles o Mestre deu um estrondoso Kiai.

Os pássaros cairam da árvore completamente paralisados.

- Que tal? - Perguntou o Mestre.

O aluno estava de boca aberta e paralisado, como se o kiai também o tivesse atingido.

- Mas ainda tenho uma coisa mais espantosa para vos mostrar. - Disse o Mestre.

De seguida dá outro kiai. Aí os pássaros acordaram, bateram asas e voaram.

Tal como o aprendiz.



[Moral da história]

Esta história é muito rica em mensagens e ensinamentos. No entanto vou apenas indicar alguns:

- Um Mestre é um Professor da vida, tal como um Pai. Ele já passou e viu muito, pelo que o seu conhecimento e sabedoria devem ser respeitados. Por vezes não é fácil transmitir certas coisas aos alunos porque os poucos conhecimentos que estes possuem não permite que compreendam a mensagem que se pretende transmitir. Por sua vez, os alunos por não conseguirem entender o que o Professor lhes está a ensinar, pensam que eles é que sabem, apesar das inúmeras tentativas por parte do Professor. Como na vida, só mais tarde é que se vêm a aperceber da mensagem que lhes tentaram transmitir.

- Não se deve medir forças com ninguém através da violência. Isto porque se desconhecermos o adversário pode ser muito perigoso,
tal como na história.
Se conhecermos o adversário, também não, porque se somos mais fortes não vamos ganhar nada em "bater" numa pessoa mais fraca, isso é cobardia. Se formos mais fracos só nos vamos é prejudicar.

- Os jovens quando pensam que sabem de algum assunto têm tendência a considerar que são os melhores e vão desafiar os outros para mostrarem o seu valor. O nosso valor é algo que já temos, não precisamos de o mostrar aos outros para o ter.

- Quem realmente sabe não procura a destruição mas sim ajuda e contribui para o equilibrio do meio que vive, seja a natureza, o meio social, ... Conforme se viu na história, o ponto forte na força do Mestre não estava na destruição, mas na capacidade de reparação do que estava estragado.




domingo, 3 de junho de 2007

O prato de arroz


Um sujeito estava a colocar flores no túmulo de um parente, quando vê um
chinês a colocar um prato de arroz na lápide ao lado.
Vira-se para o indivíduo e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?
O chinês responde:
- Sim, e geralmente à mesma hora que o seu vem cheirar as flores!!!


Moral da História:
-Não se deve julgar as pessoas. Devemos tentar apenas compreendê-las.